Impossível crescer sem saber a história de Romeu e Julieta,
ou pelo menos, ouvir falar. Crescer sem saber os nomes do casal mais sofrido da
história é raro, pois desde crianças ouvimos falar dessa “linda” história de amor.
Já ouvi falarem de Romeu e Julieta como exemplo de amor
eterno, exemplo de garra e exemplo de como um amor deve ser. Já
escutei diversos elogios a história e como exemplifica que o amor é sempre mais
forte que tudo no final, e o que eles fizeram foi um ato digno de amor
verdadeiro.
Até sabor de pastel e pizza Romeu e Julieta ganharam: queijo
e goiabada, que segundo a maior parte das pessoas, combinam perfeitamente. Assim
como, segundo elas, Romeu e Julieta.
Mas será? Como uma história que os dois personagens principais morrem no final pode ser
tão idolatrada? O amor deles foi realmente verdadeiro? O amor vencer não seria eles se amarem, ou se aguentarem, até
ficarem enrugados e velhinhos?
No momento em que Shakespeare resolve matar os dois
personagens, o amor deles se eterniza. Ele se eterniza, por não ter tido como
acabar. Amor de verdade não significa morrer pelo outro. Amor de verdade não
significa não aguentar a dor. Amor de verdade não significa desistir.
E o que amor de verdade significa? Eu não sei. Eu só sei que
terminar sem realmente acabar de verdade, deixa um sentimento em aberto, uma
página pela metade, uma frase sem um ponto, um queijo sem goiabada.
Dói não ter a chance de terminar, não conseguir falar, não ter coragem de enfrentar. Dói levar um fora, não conseguir terminar um filme, acabar a água no meio do banho e perder a chave do cadeado. Tudo pela metade dói, tudo pela metade se congela, tudo pela metade se eterniza, por não terem tido chance de acabar. Assim como, o amor de Romeu e Julieta não acabou nem venceu, apenas se eternizou.
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